HÉRNIA INGUINAL E UMBILICAL

Uma hérnia ocorre quando um tecido, como parte do intestino ou gordura de dentro do abdome, projeta-se através de um ponto fraco dos músculos abdominais, podendo ocorrer em diversas regiões da parede abdominal, sendo as localizações mais comuns a região inguinal e a umbilical.

A hérnia inguinal se deve a uma fraqueza na musculatura da região da virilha e é muito mais comum em homens do que em mulheres. A maioria dos casos não é grave, mas pode levar a complicações fatais.

Uma hérnia umbilical ocorre quando parte do intestino ou da gordura abdominal se projeta por meio de uma abertura em seus músculos abdominais através da cicatriz umbilical. Hérnias umbilicais são frequentes em mulheres e têm relação com a gravidez.

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da hérnia inguinal incluem:

  • Uma saliência ou protuberância na região inguinal, que pode aumentar de tamanho quando se faz força.
  • Uma sensação ardência ou dor na região inguinal.
  • Dor ou desconforto na virilha, especialmente quando se curvar, tossir ou levantar.
  • Uma sensação pesada ou arrastada na virilha.
  • Ocasionalmente, dor e inchaço ao redor dos testículos.

Os sinais e sintomas de hérnia umbilical incluem:

  • Dor ou ardor na região umbilical
  • Abaulamento da cicatriz umbilical

 

FATORES DE RISCO

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento de hérnia inguinal incluem:

  • Sexo masculino. Homens são oito vezes mais propensos a desenvolver uma hérnia inguinal do que as mulheres.
  • Os músculos enfraquecem à medida que se envelhece.
  • Histórico familiar. O risco aumenta em pacientes que têm histórico familiar de hérnia.
  • Tosse crônica. O esforço realizado durante o ato de tossir pode aumentar o risco de hérnia.
  • Constipação. A prisão de ventre causa aumento da pressão intra-abdominal durante a evacuação.

Entre os fatores que levam a ocorrência da hérnia umbilical, pode-se destacar:

  • Esta condição pode enfraquecer os músculos abdominais e causar aumento de pressão dentro do abdômen.
  • Nascimento prematuro e baixo peso ao nascer.
  • Pessoas acima do peso apresentam um risco maior de desenvolver hérnia umbilical.

 

COMPLICAÇÕES

Apesar de pouco frequentes, as complicações podem ocorrer, por conseguinte, tornando um problema relativamente simples em algo que pode colocar a vida dos pacientes em risco e exigir a realização de cirurgias de urgência.

  • Hérnia encarcerada. Se o conteúdo da hérnia ficar preso na parede abdominal, pode obstruir o intestino, levando à dor intensa, náuseas e vômitos.
  • Hérnia estrangulada. Uma hérnia encarcerada pode sofrer um processo de interrupção do fluxo sanguíneo e levar à morte do tecido intestinal afetado. Uma hérnia estrangulada causa risco à vida e requer cirurgia imediata.

 

TRATAMENTO

As hérnias são sempre de tratamento cirúrgico, não há outra forma de resolver o problema anatômico a não ser por meio de uma cirurgia, entretanto a decisão de realizar ou não o procedimento irá levar em consideração os sintomas e a condição clínica do paciente.

Existem dois tipos gerais de operações de hérnia – correção de hérnia aberta e laparoscópica, ambos os procedimentos visam à correção do defeito anatômico que levou ao surgimento da hérnia e o reforço dos tecidos vizinhos. A cirurgia aberta apresenta um pós-operatório mais longo e doloroso; já a cirurgia laparoscópica possui a vantagem de ser um procedimento minimamente invasivo, tornando o pós-operatório menos doloroso e de mais rápida recuperação. A definição de qual método a ser utilizado é tomada pelo cirurgião em conjunto com o paciente, levando em consideração o tamanho da hérnia e a idade do paciente.

Após a cirurgia, independentemente do método utilizado, o paciente levará várias semanas até que seja capaz de retomar às atividades normais.

 

PREVENÇÃO

Mais importante que reduzir a formação da hérnia é reduzir a chance de ocorrer uma complicação que possa ser grave e, para isso, devemos:

  • Manter um peso saudável. A obesidade aumenta o risco de desenvolver hérnia, dificulta o diagnóstico e aumenta as chances de complicação.

  • Evitar a constipação. Seguir uma dieta rica em fibras e tomar muito líquido, isso pode ajudar a prevenir o esforço relacionado à evacuação.
  • Cuidado ao fazer esforço físico. Levantar objetos pesados com cuidado. O esforço físico é um dos principais responsáveis pelas complicações relacionadas às hérnias.
  • Parar de fumar. Além de seu papel em diversas doenças graves, o tabagismo, muitas vezes, causa uma tosse crônica e pode gerar ou agravar uma hérnia inguinal.

 

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