Doença do refluxo

Doença do refluxo

DOENÇA DO REFLUXO

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre quando o conteúdo gástrico reflui para o esôfago, este refluxo pode agredir a mucosa do esôfago ou causar sintomas relacionados às vias respiratórias. A doença pode ser fugaz e passageira ou se manifestar de modo moderado a grave com persistência dos sintomas por longos períodos.

A maioria dos pacientes pode controlar o refluxo apenas com mudanças de estilo de vida, mas algumas pessoas podem precisar de medicamentos ou até cirurgia para aliviar os sintomas.

 

SINTOMAS

 

Os sinais e sintomas comuns da DRGE incluem:

  • Sensação de queimação no peito (azia), geralmente depois de comer
  • Dor no peito
  • Dificuldade em engolir
  • Regurgitação de alimentos ou líquido azedo
  • Sensação de um nódulo ou bola na garganta
  • Tosse seca
  • Laringite
  • Rouquidão

 

FATORES DE RISCO

A DRGE está diretamente relacionada a hábitos de vida e alimentares, as condições que podem aumentar o risco de refluxo incluem:

 

  • Obesidade
  • Gravidez
  • Tabagismo
  • Manter o hábito de fazer refeições copiosas ou tarde da noite
  • Ingestão de alimentos (gatilhos) que desencadeiem o refluxo como alimentos gordurosos, ácidos e condimentados
  • Ingestão frequente de bebidas alcoólicas ou café
  • Deitar-se após as refeições

 

 

COMPLICAÇÕES

 

A DRGE pode causar esofagite, úlcera péptica esofágica, estenose esofágica, esôfago de Barrett e adenocarcinoma de esôfago. Os fatores que contribuem para o desenvolvimento das complicações incluem a natureza cáustica do material refluído, a inabilidade para eliminar o material refluído do esôfago, o volume do conteúdo refluído, as funções protetoras da mucosa e o tempo de exposição ao refluxo.

TRATAMENTO

Para a grande maioria dos pacientes, o tratamento vai consistir em melhoria dos hábitos de vida e alimentares e a utilização de medicações que reduzam a produção de ácido pelo estômago e aumente a velocidade de esvaziamento gástrico. A grande dificuldade do tratamento clínico não consiste em controlar os sintomas, mas em manter os pacientes assintomáticos ao longo do tempo.

O tratamento cirúrgico consiste na confecção de uma válvula antirrefluxo gastroesofágica realizada com o fundo gástrico que envolve a porção final do esôfago, estando a cirurgia restrita aos pacientes com insucesso do tratamento clínico ou portadores de complicações.

PREVENÇÃO

Os hábitos e o estilo de vida têm uma relação direta com a ocorrência de refluxo, mudanças no estilo de vida podem ajudar a reduzir de forma significativa os sintomas. Seguem as principais recomendações:

 

  • Manter um peso saudável. O excesso de peso aumenta a pressão intra-abdominal, comprimindo o estômago e causando o refluxo.

  • Parar de fumar. O tabagismo diminui a capacidade do esfíncter inferior do esôfago de funcionar adequadamente.
  • Elevar a cabeceira da cama. O refluxo é um fenômeno físico e, dessa forma, a gravidade tem uma importância muito grande na sua ocorrência. Elevar o esôfago em relação ao estômago reduz a ocorrência de refluxo ao dormir ou quando se está deitado, para isso, eleva-se a cabeceira da cama ou do colchão. Levantar apenas a cabeça com travesseiros adicionais não é eficaz.
  • Não se deitar depois de uma refeição. É necessário esperar pelo menos três horas depois de uma refeição para se deitar ou ir para a cama.
  • Comer lentamente e mastigar bem. Quanto mais bem processado estiver o alimento pela mastigação, mais rápido será o esvaziamento do estômago e menor será a exposição à ocorrência de refluxo.
  • Evitar alimentos e bebidas que desencadeiem o refluxo. Muitos alimentos são sabidamente responsáveis pela ocorrência de refluxo e devem ser evitados, os mais comuns incluem alimentos gordurosos ou fritos, molho de tomate, álcool, chocolate, condimentos picantes, alho, cebola e cafeína.
  • Beber pouco líquido durante a refeição. A ingestão de grande quantidade de líquido durante uma refeição aumenta o risco de ocorrência de refluxo, quanto mais cheio estiver o estômago, maior será o risco de refluxo.
  • Evitar roupas apertadas. Roupas que envolvem firmemente a cintura aumentem a pressão abdominal e aumento o risco de refluxo.

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Pedra na Vesícula

Pedra na Vesícula

 

PEDRA NA VESÍCULA

 

Cálculos biliares são estruturas sólidas que podem formar-se no interior da vesícula biliar. A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado no lado direito do abdômen, logo abaixo do fígado, sendo responsável pelo armazenamento da bile, que é produzida pelo fígado e liberada no intestino delgado.

Os cálculos biliares variam em tamanho, podendo ser tão pequenos quanto um grão de areia ou tão grandes quanto uma bola de golfe. Algumas pessoas desenvolvem apenas um cálculo biliar, enquanto outras podem apresentar  múltiplos cálculos.

 

SINTOMAS

Cálculos biliares podem não causar sinais ou sintomas. Todavia, se uma pedra biliar se alojar no canal da vesícula ou no canal biliar e causar uma obstrução, os sinais e sintomas resultantes podem incluir:

  • Dor aguda e intensa na parte superior direita do abdômen
  • Dor aguda na boca do estômago
  • Dor nas costas ou abaixo da escápula direita
  • Dor no ombro direito
  • Náuseas ou vômitos

A dor aguda do cálculo biliar pode durar vários minutos a algumas horas.

 

FATORES DE RISCO

Fatores que podem aumentar o risco de desenvolver cálculos biliares incluem:

  • Sexo feminino
  • Idade superior a 40 anos
  • Obesidade ou sobrepeso
  • Ser sedentário
  • Gravidez prévia
  • Histórico familiar de cálculos biliares
  • Portadores de doenças hematológicas, como anemia falciforme
  • Perder peso muito rapidamente
  • Tomar medicamentos que contêm estrogênio, como contraceptivos orais ou medicamentos para terapia hormonal.

 

COMPLICAÇÕES

A maioria dos pacientes portadores de cálculos biliares é assintomática, mas mesmo os pacientes assintomáticos podem apresentar complicações como:

  • Inflamação da vesícula biliar (colecistite aguda).
  • Um cálculo pode obstruir a vesícula biliar causando, inicialmente, um processo inflamatório que evolua para um processo infeccioso e a formação de empiema.
  • Obstrução das vias biliares.
  • Cálculos biliares podem sair da vesícula e obstruir o canal que drena a bile do fígado para o intestino delgado. A obstrução da drenagem da bile, além de icterícia, pode causar uma infecção grave das vias biliares.
  • Pancreatite aguda.
  • Cálculos biliares podem migrar em direção ao pâncreas e causar a obstrução do ducto pancreático, então, levando à pancreatite.
  • Câncer de vesícula biliar.
  • Pessoas com histórico de cálculos biliares por longos períodos têm um risco aumentado de desenvolver câncer de vesícula biliar.

 

TRATAMENTO

O tratamento para cálculos biliares é baseado em sintomas, idade e condição clínica do paciente, sendo realizado exclusivamente por meio de cirurgia. Apenas seu médico pode avaliar a necessidade de cirurgia, sendo cada caso individualizado e, portanto, considerada ou não sua realização.

A cirurgia é realizada por meio de procedimento minimamente invasivo utilizando para isso a laparoscopia ou a cirurgia robótica, sendo avaliada como uma das cirurgias mais seguras do mundo.

As complicações da litíase biliar sempre requerem tratamentos que podem variar de intervenções endoscópicas a grandes cirurgias.

PREVENÇÃO

Algumas recomendações para reduzir o risco de formação dos cálculos biliares:

  • Não permanecer longos períodos de jejum. Manter as refeições nos horários habituais. Longos períodos de jejum podem aumentar o risco de formação de cálculos biliares.
  • Evitar emagrecimento rápido. A perda rápida de peso pode aumentar o risco de cálculos biliares. Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica formam cálculos com maior frequência.
  • Aumentar a ingestão de fibra. Inclua alimentos ricos em fibras na dieta, como frutas, legumes e alimentos integrais.
  • Manter um peso saudável. Obesidade e excesso de peso aumentam o risco de cálculos biliares.

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Doença Diverticular

Doença Diverticular

DOENÇA DIVERTICULAR

Divertículos são pequenas bolsas ou saliências que podem se formar ao longo de todo o aparelho digestivo, eles são encontrados mais frequentemente na parte final do intestino grosso (cólon sigmoide).

A incidência da doença diverticular aumenta com a passagem dos anos e torna-se frequente depois dos 50 anos; e a grande maioria dos pacientes é assintomática, no entanto um ou mais divertículos podem inflamar levando à ocorrência da diverticulite.

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da diverticulite incluem:

  • Dor, que pode ser constante e persistir por vários dias, ou cólicas e localizar-se no lado inferior esquerdo do abdômen, às vezes, porém a dor pode localizar-se em outras áreas do abdômen.
  • Náuseas e vômitos
  • Febre
  • Distensão abdominal
  • Prisão de ventre ou, menos comumente, diarreia

 

FATORES DE RISCO

Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver diverticulite:

  • Idade: a incidência de diverticulite aumenta com a idade.
  • Obesidade: estar acima do peso aumenta os riscos de desenvolver diverticulite.
  • Fumar: pessoas que fumam são mais propensas a desenvolver diverticulite.
  • Falta de exercício: a atividade física previne a ocorrência de diverticulite.
  • Dieta: uma dieta pobre em fibra em combinação com uma alta ingestão de gordura animal parece aumentar o risco.
  • Certos medicamentos: alguns medicamentos estão associados a um risco aumentado na ocorrência de diverticulite, incluindo esteroides, opioides e anti-inflamatórios não esteroides.

 

TRATAMENTO

Não há tratamento para a doença diverticular, estando qualquer tipo de tratamento reservado aos quadros de diverticulite, estando o tratamento depende da gravidade do quadro inflamatório e intensidade de seus sintomas.

 

Diverticulite não complicada

Associada a sintomas leves, o tratamento da diverticulite não complicada é ambulatorial e realizado com uma associação de medicamentos e cuidados alimentares. O tratamento é bem-sucedido na grande maioria das pessoas com diverticulite não complicada.

 

Diverticulite complicada

Associada a quadros de diverticulite graves com sintomas importantes e sinais de infecção ou a pacientes com doenças associadas, o tratamento envolve internação, jejum por período indeterminado, uso de antibióticos intravenosos e, quando necessária, a drenagem de um abscesso abdominal.

 

Cirurgia

O tratamento cirúrgico da diverticulite está indicado nas seguintes situações:

  • Presença de complicações, como abscesso intestinal, fístula ou obstrução, não resolvidas por meio de tratamento clínico ou minimamente invasivos.
  • Ocorrência de vários episódios de diverticulite não complicada em um curto período.
  • Paciente imunodeprimido com história de diverticulite prévia.

 

PREVENÇÃO

O que fazer para ajudar a prevenir a diverticulite:

  • Exercício regularmente. O exercício aumenta a motilidade intestinal e reduz o risco de diverticulite.

 

  • Comer muita fibra. Uma dieta rica em fibras diminui o risco de diverticulite. Alimentos ricos em fibras, como frutas frescas e vegetais, e alimentos integrais tornam as fezes mais amolecidas e diminuem o risco de impactação das fezes nos divertículos. Comer sementes e nozes não está associado ao desenvolvimento de diverticulite.

 

 

  • Beber muito líquido. Para as fibras funcionarem, elas precisam ser hidratadas e, para isso, é recomendada a ingestão de pelo menos um litro e meio de líquido por dia. Caso a ingestão de líquido não seja a suficiente para hidratar as fibras, as fibras podem até prender o intestino.

 

 

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Hérnia Inguinal e Umbilical

Hérnia Inguinal e Umbilical

HÉRNIA INGUINAL E UMBILICAL

Uma hérnia ocorre quando um tecido, como parte do intestino ou gordura de dentro do abdome, projeta-se através de um ponto fraco dos músculos abdominais, podendo ocorrer em diversas regiões da parede abdominal, sendo as localizações mais comuns a região inguinal e a umbilical.

A hérnia inguinal se deve a uma fraqueza na musculatura da região da virilha e é muito mais comum em homens do que em mulheres. A maioria dos casos não é grave, mas pode levar a complicações fatais.

Uma hérnia umbilical ocorre quando parte do intestino ou da gordura abdominal se projeta por meio de uma abertura em seus músculos abdominais através da cicatriz umbilical. Hérnias umbilicais são frequentes em mulheres e têm relação com a gravidez.

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da hérnia inguinal incluem:

  • Uma saliência ou protuberância na região inguinal, que pode aumentar de tamanho quando se faz força.
  • Uma sensação ardência ou dor na região inguinal.
  • Dor ou desconforto na virilha, especialmente quando se curvar, tossir ou levantar.
  • Uma sensação pesada ou arrastada na virilha.
  • Ocasionalmente, dor e inchaço ao redor dos testículos.

Os sinais e sintomas de hérnia umbilical incluem:

  • Dor ou ardor na região umbilical
  • Abaulamento da cicatriz umbilical

 

FATORES DE RISCO

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento de hérnia inguinal incluem:

  • Sexo masculino. Homens são oito vezes mais propensos a desenvolver uma hérnia inguinal do que as mulheres.
  • Os músculos enfraquecem à medida que se envelhece.
  • Histórico familiar. O risco aumenta em pacientes que têm histórico familiar de hérnia.
  • Tosse crônica. O esforço realizado durante o ato de tossir pode aumentar o risco de hérnia.
  • Constipação. A prisão de ventre causa aumento da pressão intra-abdominal durante a evacuação.

Entre os fatores que levam a ocorrência da hérnia umbilical, pode-se destacar:

  • Esta condição pode enfraquecer os músculos abdominais e causar aumento de pressão dentro do abdômen.
  • Nascimento prematuro e baixo peso ao nascer.
  • Pessoas acima do peso apresentam um risco maior de desenvolver hérnia umbilical.

 

COMPLICAÇÕES

Apesar de pouco frequentes, as complicações podem ocorrer, por conseguinte, tornando um problema relativamente simples em algo que pode colocar a vida dos pacientes em risco e exigir a realização de cirurgias de urgência.

  • Hérnia encarcerada. Se o conteúdo da hérnia ficar preso na parede abdominal, pode obstruir o intestino, levando à dor intensa, náuseas e vômitos.
  • Hérnia estrangulada. Uma hérnia encarcerada pode sofrer um processo de interrupção do fluxo sanguíneo e levar à morte do tecido intestinal afetado. Uma hérnia estrangulada causa risco à vida e requer cirurgia imediata.

 

TRATAMENTO

As hérnias são sempre de tratamento cirúrgico, não há outra forma de resolver o problema anatômico a não ser por meio de uma cirurgia, entretanto a decisão de realizar ou não o procedimento irá levar em consideração os sintomas e a condição clínica do paciente.

Existem dois tipos gerais de operações de hérnia – correção de hérnia aberta e laparoscópica, ambos os procedimentos visam à correção do defeito anatômico que levou ao surgimento da hérnia e o reforço dos tecidos vizinhos. A cirurgia aberta apresenta um pós-operatório mais longo e doloroso; já a cirurgia laparoscópica possui a vantagem de ser um procedimento minimamente invasivo, tornando o pós-operatório menos doloroso e de mais rápida recuperação. A definição de qual método a ser utilizado é tomada pelo cirurgião em conjunto com o paciente, levando em consideração o tamanho da hérnia e a idade do paciente.

Após a cirurgia, independentemente do método utilizado, o paciente levará várias semanas até que seja capaz de retomar às atividades normais.

 

PREVENÇÃO

Mais importante que reduzir a formação da hérnia é reduzir a chance de ocorrer uma complicação que possa ser grave e, para isso, devemos:

  • Manter um peso saudável. A obesidade aumenta o risco de desenvolver hérnia, dificulta o diagnóstico e aumenta as chances de complicação.

  • Evitar a constipação. Seguir uma dieta rica em fibras e tomar muito líquido, isso pode ajudar a prevenir o esforço relacionado à evacuação.
  • Cuidado ao fazer esforço físico. Levantar objetos pesados com cuidado. O esforço físico é um dos principais responsáveis pelas complicações relacionadas às hérnias.
  • Parar de fumar. Além de seu papel em diversas doenças graves, o tabagismo, muitas vezes, causa uma tosse crônica e pode gerar ou agravar uma hérnia inguinal.

 

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Gastrite e Úlcera Péptica

Gastrite e Úlcera Péptica

GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA

Gastrite é um termo usado descrever a inflamação do revestimento interno do estômago (mucosa). A inflamação é, na maioria das vezes, o resultado da infecção do estômago pelo H. pylori, o uso regular de certas medicações e o consumo excessivo de álcool, alimentação irregular, entre outros fatores.

Gastrite pode ocorrer de forma aguda ou crônica. Em alguns casos, a gastrite pode provocar formação de úlceras e sangramento; para a maioria das pessoas, no entanto, a gastrite não é grave e melhora rapidamente com o tratamento.

Úlceras pépticas são feridas que ocorrem na parede do estômago ou duodeno e estão geralmente associadas à ocorrência de gastrite.

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da gastrite ou úlcera, muitas vezes, são comuns e incluem:

  • Queimação ou dor na região superior do abdômen, que pode-se tornar pior ou melhor com a alimentação.
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Uma sensação de plenitude ou peso no estômago após as refeições
  • Perda do apetite
  • Gastrite e úlcera nem sempre causam sinais e sintomas.

FATORES DE RISCO

Os fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento de gastrite ou úlcera incluem:

  • Infecção pylori. Infecção bacteriana que leva a um processo crônico de inflamação no estômago (gastrite), úlcera péptica e determinados tipos de câncer de estômago. Apenas algumas pessoas com a infecção desenvolvem gastrite ou outras doenças gastrointestinais.
  • Uso regular de anti-inflamatórios. O uso regular dessas medicações pode reduzir a produção de uma substância que ajuda a proteger a mucosa do estômago.
  • Os idosos têm um risco aumentado de desenvolver doenças pépticas como gastrite e úlceras, isso porque a barreira que protege o estômago tende a diminuir com a idade e porque os idosos são mais propensos a ter infecção por H. pylori.
  • Álcool. Potente agente irritante da mucosa, o seu consumo agride diretamente o estômago e torna-o mais vulnerável à ação de outros alimentos e medicações.
  • Estresse aumenta a produção de ácido pelo estômago, dessa forma, provocando a ocorrência de doenças pépticas.
  • Outras doenças e condições. A gastrite pode estar associada a outros problemas de saúde, incluindo HIV/Aids, doença de Crohn e infecções parasitárias.

 

TRATAMENTO

O tratamento das doenças pépticas passa por uma mudança de hábitos e adequação alimentar e, ainda, muitas vezes pela utilização de medicações que reduzem a produção de ácido ou protegem o estômago e o duodeno. O grande desafio do tratamento não é o alívio inicial dos sintomas, mas sim manter esse alívio e a qualidade de vida dos pacientes por um longo período.

A gastrite aguda causada por anti-inflamatórios ou álcool pode ser aliviada com a simples interrupção do fator agressor.

Os medicamentos usados para tratar gastrite e úlcera incluem:

  • Antibióticos para matar Pylori. Certificar-se de tomar a prescrição completa de antibiótico, geralmente, por 7 a 14 dias.
  • Medicamentos que bloqueiam a produção de ácidos. As drogas utilizadas bloqueiam a produção do ácido clorídrico, fator importante na ocorrência das doenças pépticas. O uso por longo período dessas medicações, sempre que necessário, deve ser realizado com acompanhamento médico.
  • Antiácidos que neutralizam a secreção gástrica. Agindo localmente e de forma rápida, essas medicações neutralizam o ácido e podem proporcionar alívio rápido dos sintomas.

PREVENÇÃO

Algumas recomendações para evitar as doenças pépticas e principalmente para evitar a recorrência dos seus sintomas são:

  • Refeições leves e frequentes. Manter sempre algo no estômago protege e evita a ocorrência de gastrite. O estômago vazio sempre vai estar mais exposto à ação agressora do ácido.
  • Evitar alimentos irritantes. Evitar alimentos que irritem o estômago, especialmente os picantes, ácidos, fritos ou gordurosos.

  • Evitar álcool. O álcool pode irritar diretamente a mucosa do estômago.
  • Evitar anti-inflamatórios. A automedicação é um dos principais fatores responsáveis pela ocorrência das doenças pépticas (gastrite e úlceras) pelo uso indiscriminado de anti-inflamatórios.

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Pancreatite

Pancreatite

PANCREATITE

Pancreatite é inflamação no pâncreas, importante órgão do aparelho digestivo, que está localizado na parte superior do abdome e é responsável pela produção das enzimas que digerem os alimentos e da insulina que regula os níveis de açúcar do sangue. A inflamação pode ocorrer de duas formas: aguda ou crônica.

Na pancreatite aguda, a inflamação se instala de maneira súbita e, geralmente, resolve-se em poucos dias, após o início do tratamento. A cada ano, milhares de pessoas são admitidas em hospitais com essa doença. Já na pancreatite crônica, a inflamação do pâncreas ocorre de forma menos intensa e não apresenta resolução completa, levando a piora ao longo do tempo e formação de lesões permanentes no tecido pancreático. A pancreatite crônica, assim como a pancreatite aguda, ocorre quando as enzimas digestivas atacam o próprio pâncreas e os tecidos vizinhos.

 

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da pancreatite podem variar, dependendo da forma aguda ou crônica.

Os sinais e sintomas de pancreatite aguda incluem:

  • Dor intensa e súbita no abdome superior
  • Dor abdominal com irradiação para as costas
  • Dor abdominal com piora após a alimentação.
  • Febre
  • Taquicardia
  • Náuseas
  • Vômitos

Os sinais e sintomas da pancreatite crônica incluem:

  • Dor no abdome superior de início progressivo
  • Perda de peso
  • Diarreia
  • Fezes amolecidas com acúmulo de gordura (esteatorreia)

 

FATORES DE RISCO

Os fatores que aumentam o risco de pancreatite incluem:

  • Consumo excessivo de álcool. Estudos mostram que o consumo de álcool aumenta o risco de pancreatite.
  • Litíase biliar. A presença de pedra na via biliar é o principal fator de risco para a ocorrência de pancreatite aguda.
  • Fumantes têm, em média, três vezes mais chances de desenvolver pancreatite crônica em comparação com não fumantes. A boa notícia é que parar de fumar diminui o risco pela metade.
  • Os pacientes obesos apresentam maior risco de desenvolver pancreatite aguda e terem quadros mais graves.
  • Histórico familiar de pancreatite. O fator genético possui importante papel na gênese da pancreatite crônica.

TRATAMENTO

O tratamento da pancreatite aguda ou daquela crônica pode ser distinto em alguns pontos, dependendo dos sintomas e do quadro clínico.

A pancreatite aguda sempre requer internação por alguns dias, pois o paciente deve inicialmente permanecer em jejum e receber a administração de soros intravenosos e medicação sintomática, sendo que, em alguns casos, faz-se necessária a administração de antibióticos. A grande maioria dos casos necessita de tratamento clínico, sendo de rápida resolução, mas alguns casos podem manifestar-se de forma grave, por isso, necessitando de internação em UTI e até cirurgia. Aqui não será abordado o tratamento das complicações da pancreatite aguda.

O tratamento da pancreatite crônica pode ou não necessitar de hospitalização, a maioria dos casos é conduzida de forma ambulatorial, mas existem situações nas quais a intensidade da dor e a dificuldade de manter uma nutrição adequada exigem a realização de uma internação. A restrição à ingestão alcoólica, o uso de suplementação com enzimas pancreáticas e o acompanhamento nutricional são essenciais ao tratamento. Pacientes com dor crônica de forte intensidade e difícil controle com medicações podem ser submetidos à cirurgia para melhora dos sintomas.

PREVENÇÃO

As medidas descritas abaixo ajudam na recuperação e principalmente evitam a recorrência de um quadro de pancreatite:

  • Não ingerir álcool. Pâncreas e álcool não combinam, sabe-se que o álcool pode lesar e agredir as células pancreáticas. Caso se é incapaz de parar de beber por conta própria, é preciso pedir ajuda ao médico.
  • Parar de fumar. O cigarro aumenta o risco de desenvolver pancreatite crônica.
  • Seguir uma dieta com baixo teor de gordura. Não sobrecarregar o pâncreas é fundamental para os pacientes portadores de pancreatite e a forma mais importante de fazer isso é evitando o consumo de gordura. Escolher uma dieta rica em frutas, vegetais frescos, alimentos integrais e proteína magra.
  • Beber bastante líquido. A pancreatite pode causar desidratação, por isso, deve-se beber mais líquidos ao longo do dia.
  • Perda de peso. A obesidade aumenta a gravidade dos casos de pancreatite.

 

 

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