PANCREATITE

Pancreatite é inflamação no pâncreas, importante órgão do aparelho digestivo, que está localizado na parte superior do abdome e é responsável pela produção das enzimas que digerem os alimentos e da insulina que regula os níveis de açúcar do sangue. A inflamação pode ocorrer de duas formas: aguda ou crônica.

Na pancreatite aguda, a inflamação se instala de maneira súbita e, geralmente, resolve-se em poucos dias, após o início do tratamento. A cada ano, milhares de pessoas são admitidas em hospitais com essa doença. Já na pancreatite crônica, a inflamação do pâncreas ocorre de forma menos intensa e não apresenta resolução completa, levando a piora ao longo do tempo e formação de lesões permanentes no tecido pancreático. A pancreatite crônica, assim como a pancreatite aguda, ocorre quando as enzimas digestivas atacam o próprio pâncreas e os tecidos vizinhos.

 

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da pancreatite podem variar, dependendo da forma aguda ou crônica.

Os sinais e sintomas de pancreatite aguda incluem:

  • Dor intensa e súbita no abdome superior
  • Dor abdominal com irradiação para as costas
  • Dor abdominal com piora após a alimentação.
  • Febre
  • Taquicardia
  • Náuseas
  • Vômitos

Os sinais e sintomas da pancreatite crônica incluem:

  • Dor no abdome superior de início progressivo
  • Perda de peso
  • Diarreia
  • Fezes amolecidas com acúmulo de gordura (esteatorreia)

 

FATORES DE RISCO

Os fatores que aumentam o risco de pancreatite incluem:

  • Consumo excessivo de álcool. Estudos mostram que o consumo de álcool aumenta o risco de pancreatite.
  • Litíase biliar. A presença de pedra na via biliar é o principal fator de risco para a ocorrência de pancreatite aguda.
  • Fumantes têm, em média, três vezes mais chances de desenvolver pancreatite crônica em comparação com não fumantes. A boa notícia é que parar de fumar diminui o risco pela metade.
  • Os pacientes obesos apresentam maior risco de desenvolver pancreatite aguda e terem quadros mais graves.
  • Histórico familiar de pancreatite. O fator genético possui importante papel na gênese da pancreatite crônica.

TRATAMENTO

O tratamento da pancreatite aguda ou daquela crônica pode ser distinto em alguns pontos, dependendo dos sintomas e do quadro clínico.

A pancreatite aguda sempre requer internação por alguns dias, pois o paciente deve inicialmente permanecer em jejum e receber a administração de soros intravenosos e medicação sintomática, sendo que, em alguns casos, faz-se necessária a administração de antibióticos. A grande maioria dos casos necessita de tratamento clínico, sendo de rápida resolução, mas alguns casos podem manifestar-se de forma grave, por isso, necessitando de internação em UTI e até cirurgia. Aqui não será abordado o tratamento das complicações da pancreatite aguda.

O tratamento da pancreatite crônica pode ou não necessitar de hospitalização, a maioria dos casos é conduzida de forma ambulatorial, mas existem situações nas quais a intensidade da dor e a dificuldade de manter uma nutrição adequada exigem a realização de uma internação. A restrição à ingestão alcoólica, o uso de suplementação com enzimas pancreáticas e o acompanhamento nutricional são essenciais ao tratamento. Pacientes com dor crônica de forte intensidade e difícil controle com medicações podem ser submetidos à cirurgia para melhora dos sintomas.

PREVENÇÃO

As medidas descritas abaixo ajudam na recuperação e principalmente evitam a recorrência de um quadro de pancreatite:

  • Não ingerir álcool. Pâncreas e álcool não combinam, sabe-se que o álcool pode lesar e agredir as células pancreáticas. Caso se é incapaz de parar de beber por conta própria, é preciso pedir ajuda ao médico.
  • Parar de fumar. O cigarro aumenta o risco de desenvolver pancreatite crônica.
  • Seguir uma dieta com baixo teor de gordura. Não sobrecarregar o pâncreas é fundamental para os pacientes portadores de pancreatite e a forma mais importante de fazer isso é evitando o consumo de gordura. Escolher uma dieta rica em frutas, vegetais frescos, alimentos integrais e proteína magra.
  • Beber bastante líquido. A pancreatite pode causar desidratação, por isso, deve-se beber mais líquidos ao longo do dia.
  • Perda de peso. A obesidade aumenta a gravidade dos casos de pancreatite.

 

 

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